segunda-feira, 17 de maio de 2010

E nunca foi tão lindo...

"Glee, by its on definition, is about opening yourself up to joy."

Sou uma das pessoas que não consegue acreditar que um ator seja tão bom a ponto de fazer um filme ou série sem se envolver com os outros atores, ou sem sentir empatia com nenhum deles, com a equipe com que está trabalhando no momento. Realmente acho isso uma missão quase que impossível. É fácil ver na tela quando o elenco não se gosta ou quando existe algum tipo de "richa" entre dois atores (eu estou olhando pra você, Dawson’s Creek).

Isso aconteceu duas vezes com a Shannen Doherty. Primeiro em Barrados no Baile, onde ela não agüentou perder um pouco do seu posto de personagem principal e acabou e acabou tendo que sair da série (os produtores se recusaram a demitir Jennie Garth, atriz com quem ela andava se desentendendo)... Anos depois aconteceu a mesma coisa com Charmed. A sua aclamada volta à televisão teve vida curta por ciúmes do crescimento da personagem da Alyssa Milano dentro do show e mais uma vez teve que abandonar o barco.

Então, é um tanto quanto esperado que se perceba quando um elenco trabalha de maneira excepcional que eles, no mínimo, se gostam. Foi o que vimos acontecer com os elencos de Friends (onde todos ainda se falam e continuam presentes nas vidas uns dos outros, seis anos depois do término da série) e Lost, por exemplo. E, recentemente, podemos ver também com o elenco de Glee.

Glee tinha tudo para ser uma série de vida curta. Vinda da mente um tanto quanto enlouquecida de Ryan Murphy (enlouquecida por que é a mesma mente que criou Nip/Tuck, uma das séries mais surtadas que eu já tive o prazer de assistir), se trata de um time de losers, os nossos queridos perdedores, de um colégio americano. Se fosse só isso, seria mais uma série adolescente. Mas Glee também é música. E a música de Glee é que a destaca de todas as outras séries teens que você já viu.

Um dos pré-requisitos para se fazer parte da série era cantar. A grande sacada da série é o fato que ela segue um grupo de alunos que fazem parte do "grupo do coral" como foi traduzido pela Fox. Logo, os números musicais não são uma parte aleatória da série. Os alunos não saem por aí cantando a trama do episódio do nada. Alguns números acontecem na mente dos personagens, sim, mas essa é parte da beleza da história.

Agora, para fazer isso funcionar, era preciso um elenco que, além de cantar, dançar e atuar, se aturasse também. Se em uma série normal de 40 minutos os atores e equipe passam em torno de 12 a 14 horas por dia juntos, em uma série onde existem músicas e coreografias para se aprender, em adicional as suas falas, os atores passariam, no mínimo, por volta de 16 horas juntos. Não dá pra trabalhar com a Shannen Doherty num ambiente desses.

E na minha leiga opinião, Glee se superou de uma maneira absurda com o elenco escolhido. Desde o recém saído do colégio Chris Colfer (um "achado" na vida do Ryan Murphy... Ele fez o teste para o papel do Artie, mas acabou ganhando um papel escrito especialmente para ele) até Lea Michele, cria da Broadway (canta e atua desde os oito anos de idade, tendo passado por peças como Les Mis e Spring Awakening – que ganhou uma versão brasileira com o nome de Despertar da Primavera) o elenco de Glee é uma mistura de rostos não conhecidos que por mágica, sorte ou qualquer outro motivo, se deram tão bem que levaram isso para tela e... Bom, deu no que deu.

A série já ganhou vários prêmios, e em sua maioria prêmios para o elenco. Foi escolhida a melhor série de comédia no Globo de Ouro, melhor elenco no SAG Awards, melhor série nova no People’s Choice Awards... Tanto a mídia quanto o público se encantaram por esse bando de losers que saem por aí dançando e cantando, seja na televisão ou na vida real.

A música não é o único diferencial de Glee. A união do elenco, na minha opinião, conta muito mais do que qualquer outra coisa. A série viveria se os roteiros fossem vazios, sem sentido ou estúpidos? Não. Mas a série também não viveria se o elenco se odiasse e não agüentasse passar mais que duas horas juntos.

E o que é mais divertido em relação ao elenco de Glee, é que você quase se sente parte dele. Quase todos os atores da série tem uma conta no twitter, e são seguidos por praticamente todos os fãs da série... Cory Monteith (Finn) posta videos do elenco nos bastidores da série quase que diariamente, Dianna Agron (Quinn) também tem uma conta no tumblr (outro site para compartilhar fotos e vídeos) e fala sobre suas músicas favoritas, filmes e sobre coisas um pouco mais pessoais – como quando ela trancou o carro com a chave e o vestido que ela usaria para a cerimônia do Globo de Ouro dentro do carro – e as compartilha com os fãs. Durante os primeiros meses de gravações da séria Dianna e Lea Michele (Rachel) moraram juntas e costumavam fazer pequenas reuniões com o elenco na casa delas para verem os episódios já produzidos ou simplesmente para estarem juntos.

E como eu fico sabendo disso?! Por que eu sou uma das muitas que os seguem no twitter e que fica sim toda besta quando um menciona o outro em uma entrevista, ou quando saem fotos na internet com alguns deles juntos fazendo qualquer coisa... Isso é coisa de fã.

Também é coisa de fã, e qualquer um que tenha olhos na verdade, ver que essa amizade, essa parceria que eles tem, passa pras cenas; principalmente nos números musicais. A personagem Rachel é odiada por todos, a essa altura do campeonato a única pessoa que abertamente apóia a Rach é o Finn. Mas, mesmo com todas as personagens supostamente a odiando, eles parecem esquecer disso... Quando eles estão cantando Lean On Me (episódio 1.10 – Ballads), é possível ver tantas cenas que colocadas no contexto da série seriam erradas, mas que quando você conhece um pouquinho do lado pessoal dos atores, fica totalmente compreensível.

Proud Mary, Somebody to Love, Ride Wit Me, Keep Holding On, My Life Would Suck Without You… em todas essas cenas é possível perceber um ou outro ator que não deveria estar muito feliz com o colega, pelo bem da trama e das personagens, mas que nessas horas, não se importa com isso.

Eles estão em turnê agora. Alguns shows, acho que 10 no total (ou algo próximo disso), pelos Estados Unidos, cantando as músicas da série. Dia 15/05 (sábado) foi o primeiro show, em Phoenix. No domingo a internet estava cheia de vídeos das músicas interpretadas... posso dizer com segurança que eu e minhas amigas não ficávamos enlouquecidas desse jeito por vídeos no youtube a um bom tempo. E, pelas conversas no twitter, qualquer um pode perceber que sim, nós gostamos das músicas (nós até paramos de falar quando Lea Michele canta, tamanho respeito pela voz dela), mas o que nos deixa rindo iguais crianças são os pequenos momentos em que eles interagem no palco.

Lea segurando a mão da Dianna no final de Somebody to Love. O sorrisinho da Naya quando a Heather passa por ela em Bad Romance. O beijo do Chris no rosto da Amber em Like A Prayer. A animação do Mark e do Harry cantando Don’t Stop Believin’. É foi isso que me conquistou em Glee.

Os ingressos esgotaram em praticamente todos os postos de venda em menos de 10 minutos. Com essa informação eles aumentaram o número de shows em alguns lugares como em Los Angeles e Nova Iorque. E eu posso dizer sem dúvida nenhuma que a rapidez dos fãs de irem atrás dos seus ingressos, primeiramente, é por causa do elenco. Para poderem ver, em primeira mão, como é a interação dessas pessoas que parecem ter a amizade perfeita.

3 comentários:

Just Lucy disse...

É, o diferencial de Glee, além dos roteiros e das músicas, está no elenco fantástico que eles conseguiram unir. Pq, minha nossa, eles são altamente talentosos e são nice ao mesmo tempo!

(acrescente na lista de momentos no show, Mark e Amber depois de Don't Stop Believing, enquanto o Cory e a Lea estão falando com público. Go watch it, it's cute!)

Eu, sinceramente, não sei qto tempo a série ainda vai durar - pq tenho medo que se durar demais, fique cansativa - mas sei que o tempo que for, vai ser épico e fantástico e daquelas que a gente nunca vai esquecer...

Dany disse...

Vi uma vez um pedacinho de Glee na Fox e achei muito estranho. Era uma cena normal e DE REPENTE eles começavam a cantar sem motivo algum, e como não gosto disso em musicais, nem corri atrás de baixar.
Maaas, depois vou tentar fazer uma maratonazinha no próximo feriado, ver se eu mudo de idéia.
Se mesmo assim não gostar, ao menos vou entender what the hell you girls talk on twitter LOL

=DD

Adara disse...

Dani, o lance de Glee é começar pelo Pilot. Senão não tem graça e você vai achar besta msm. Mas se ver o Pilot direitinho antes você se apaixona. Ou pelo menos não odeia lol.