quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cisne Negro

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Apesar de não ter nenhum tipo de ligação com o mundo da dança, esse filme chamou minha atenção desde as primeiras notícias sobre ele – obviamente por causa da presença da Natalie Portman, uma queridinha minha desde sempre. Depois que o filme começou a ser exibido e as críticas começaram a aparecer – uma mais elogiosa do que a outra – a curiosidade ficou ainda maior. Quando saíram as indicações para os primeiros prêmios do ano (Golden Globes e SAG Awards), é claro que eu já estava numa hype sem igual… Até que eu, finalmente, consegui assistir ao filme…

(não entremos em detalhes sobre o “como”, pode ser? =-P)

A história parece simples e esperada: uma cia de dança nova-iorquina, comandada por um francês daqueles bem exigentes, vai fazer uma montagem do famoso balé “O Lago dos Cisnes”. O diretor decide, porém, trocar a já experiente bailarina principal da companhia (interpretada por Wynona Ryder, que me supreendeu porque eu não sabia que ela estava no filme), por um novo rosto. A escolhida é, claro, a personagem da Natalie e ela vai ter que enfrentar todos os tipos de pressão possíveis para se manter no papel.

Não vou entrar em detalhes sobre o enredo do filme, para não estragar a experiência de ninguém que ainda queira vê-lo. Basta dizer que o filme é cheio de tensão e de beleza. Apesar do enredo, como eu já disse, aparentemente simples, é um filme de suspense muito bem escrito, absurdamente bem dirigido e estrelado de forma magistral por Natalie Portman. As dualidades da história, o confronto entre a realidade e a fantasia, aparecem desde o início e nos deixam na ponta da cadeira, quase a roer as unhas a espera da resolução.

O que me surpreendeu de forma muito positiva, foi a atuação da Mila Kunis, como uma das dançarinas da companhia. O que eu conhecia dela era a personagem escrachada na extinta That’s 70’s Show, então confesso que fiquei surpresa com as críticas e as indicações. Depois de ver o filme, porém, eu entendo, perfeitamente. Sua personagem e a personagem da Natalie são completamente opostas e elas duas interpretam esses papéis de forma indiscutível…

Resumindo, é um filme imperdível para quem gosta de boas histórias, maravilhosamente dirigidas e incrivelmente interpretadas. Acredito que seja ainda mais atrativo para quem tenha algum tipo de relacionamento com o mundo da dança – que, pelo pouco que eu conheço, é realmente um mundo bastante competitivo e complicado – mas eu garanto que, mesmo quem não tem nenhuma noção do que é essa realidade – tipo eu, que nem dançar sei – vai terminar o filme sem palavras…

Minha reação inicial quando o filme terminou? Eu fiquei – literalmente e sem exageros – boquiaberta…

(o filme tem previsão de estreia, aqui no Brasil, na primeira semana de fevereiro… Se eu souber de mais detalhes, edito aqui…)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Não é raro as pessoas virem até mim e pedirem dicas sobre séries. Vira e mexe as pessoas me perguntam o que eu estou assistindo, o que eu recomendo, o que eu acho que vale a pena... Pensando nisso, eu decidi aproveitar esse espaço pra montar uma lista de recomendações... Vou falar de todas as séries que estou assistindo atualmente, ai quem tiver paciência, lê! =-P

(e paciência será necessária, porque a coisa é longa!)


sábado, 11 de setembro de 2010

Bones

"Brain and heart, Bones. Brain and heart..."


Eu não sei dizer quando foi, exatamente, a primeira vez que eu ouvi falar de Bones. Acho que foi por meio de alguém que eu conheci na época da obsessão por Gilmore Girls - antes da Brazilian Thread nascer - que assistia e falava sobre a série. Mas, pra ser sincera, não era uma coisa que eu fazia questão de assistir: séries criminais nunca chamaram minha atenção. Eu até vejo, uma outra vez, algumas delas, sempre pra fazer companhia pra minha mãe, que as adora de paixão, mas eu nunca investi em nenhuma delas, então não fazia questão de correr atrás e mal sabia do que se tratava.

Quando nasceu a Brazilian Thread e começaram as indicações de séries por causa dos gostos em comum, ficou claro que Bones era um favorito das meninas. Eu, however, continuava sem fazer a menor questão de assistir porque, como disse, séries forenses nunca chamaram minha atenção e eu achava que Bones seria a mesma coisa. A Polly, porém, não concordava comigo e, de forma sutil no começo e descarada depois, ela começou a me apresentar a Bones. Primeiro foi vídeo da Emily cantando, para que eu transformasse em mp3. Depois foram gifs de alguns olhares fantásticos dos personagens principais... Isso sem contar os infinitos comentários dela e da Adara sobre várias coisas da série, claro... Quando adotamos o Skype nas nossas vidas, ela começou a me mandar links de vídeos do YouTube, para que víssemos juntas.

Ajudada pela Ana Paula, a Polly deu um passo ainda maior: me mandou as três primeiras temporadas de Bones, que já haviam passado e eram a minha desculpa pra não começar a assistir (faltava paciência pra baixar temporadas inteiras de uma vez, a internet não era aquelas coisas no passado). Os DVDs chegaram em setembro e minha vida corrida não me permitiu assistir. Eles ficaram pelos cantos, até janeiro, quando eu finalmente parei pra assistir. O ano? 2009 - sim, a obsessão é recente assim, nem parece. =-P

Eu lembro bem que, depois de meia dúzia de episódios, eu já estava correndo atrás dos DVDs oficiais pra comprar - na época tinha sido lançado um box com a primeira e a segunda temporadas juntas, e nem saia tão caro, então antes mesmo de ter visto 10 episódios da série, eu já era dona das duas primeiras temporadas. E isso era só o começo... Hoje em dia, eu digo sem nem hesitar que, entre todas as séries que eu assisto e que amo, Bones está no topo. Sem dúvida nenhuma...



Como eu falei, séries forenses nunca foram séries que chamaram a minha atenção desse jeito. Apesar de ver um outro episódio aqui e ali, eu nunca investi nessas séries. O que tem de diferente em Bones, então? Acho que começa com o casal ai nesse cartaz, os protagonistas. A química do David Boreanaz e da Emily Deschanel é uma coisa fora do comum e, como a gente já disse aqui nesse blog, elenco bem escolhido e com química faz MUITA diferença, sem dúvida nenhuma.

Pra quem não sabe, Bones é uma série centrada na Dra. Temperance Brennan (Emily), uma antropóloga forense e escritora famosa, que é convidada para trabalhar junto com o FBI, na resolução de assassinatos. Seu parceiro nisso tudo é o agente Seeley Booth (David). Junto com eles há, claro, vários outros personagens, cada um em sua área e com suas características marcantes, que completam o elenco e contam as histórias de forma fantástica...

(sim, eles são todos lindos, e nem tem cara de cientistas... =-P)

Então, para mim, a primeira grande diferença de Bones, com relação às outras séries criminais que temos por aí, são os personagens. Porque todos eles, sem exceção (e eu não estou falando só dos dois protagonistas, e sim do elenco todo) têm vários níveis de complexidade e são completos, diferentes do que eu havia encontrado por ai, nas outras séries (vale lembrar que essa é a MINHA opinião. Pra mim, não há, em outra série forense/criminal, personagens do mesmo nível dos personagens de Bones. Provavelmente tem gente que discorda de mim mas, as we say, "o que seria do verde se todos gostassem do amarelo", certo?)

Acho que não é difícil afirmar, então, que a característica mais marcante da série está, provavelmente, na oposição dos dois mundos: o mundo científico, representado principalmente pela Brennan, e o mundo do Booth, que é um mundo bem mais "emocional". Desde o primeiro episódio essa oposição fica clara e, apesar de ambos terem mudado muito e aprendido a enxergar e aceitar os pontos de vistas do outro, ela ainda aparece com uma certa frequência.

A frase que eu usei aqui no título do post, por exemplo, é retirada de uma conversa deles dois, na qual o Booth tenta fazer a Brennan entender que deve haver um equilíbrio entre as duas coisas, que, da mesma forma que ela "rejeita" as reações puramente emocionais, as reações puramente racionais também não devem ser levadas em conta. No contexto desse determinado episódio, a Brennan entende isso e age, em parte, com o coração, o que é uma enorme evolução pra personagem... Ao mesmo tempo, em várias circunstâncias, a gente começa a ver o Booth pelo menos tentando agir um pouco mais racionalmente - tudo influência da Brennan e dos cientistas do Instituto Jeffersonian em sua vida...

Claro que, apesar de seus personagens complexos, divertidos e interessantes, Bones tem uma plot forense bem clara. Pra mim, uma vez mais, ela vai apresentar uma diferença com relação às outras séries do mesmo estilo: Bones é uma série muito mais centrada nos seus personagens do que no caso, propriamente dito. Todas as semanas há um caso a ser resolvido - sempre a partir de restos mortais em condições bem ruins, o que torna a série um bocado nojenta em alguns momentos - mas, mesmo durante a investigação, tudo gira em torno dos questionamentos e das situações dos personagens. É sempre a oposição entre o racional e o emocional, a mistura das vidas profissional e pessoal, os conflitos internos ou entre os personagens...

Desde que eu passei a acompanhar os episódios inéditos (na metade da quarta temporada) eu tenho visto, felizmente, um crescimento na audiência. Apesar de episódios controversos (como as até hoje discutidas finales das temporadas 3, 4 e 5), Bones tem uma boa base de fãs fiéis (e potencialmente chatos por causa disso, sejamos sinceros), produtores dedicados (o criador e produtor da série, Hart Hanson, mantém um twitter onde responde a maior parte das perguntas dos fãs - até mesmo daqueles chatos que acham que tem direito a dar palpite em tudo - sempre com seriedade, bom humor e sem nunca dar desculpas esfarrapadas para suas decisões) e um grande apoio da emissora em que é veiculada. Esse ano, por exemplo, a FOX usou o elenco da série para apresentar as "previews" das novas temporadas de suas séries. Se isso não significa que tem prestígio na emissora, não sei o que pode significar...

Bones não é uma série fácil de se "vender" pros amigos, eu diria. Demorei muito tempo pra começar a assistir exatamente porque existe aquela ideia de que, tirando um outro detalhe, as séries forenses e criminais são todas iguais e quem precisa de mais uma série dessas, certo? Se eu tivesse que classificar Bones, porém, eu faria diferente. Eu li em algum lugar - não tenho ideia de onde, porque faz muito tempo e eu não me lembro - que Bones deveria ser considerada uma "comédia romântica com corpos em decomposição". E pode não ser um slogan dos mais bonitos, mas é bem isso...

Agora, dia 23 de setembro, estreia lá nos EUA a sexta temporada da série. Como sempre, os primeiros episódios de Bones são muito aguardados, porque seguem finales controversas. Eu sei que eu estou roendo as unhas de ansiedade, mas uma coisa eu garanto: depois de fazer uma maratona completa (sim, passei os últimos dois meses, mais ou menos, revendo TODOS os episódios de Bones) eu não tenho dúvidas de que os escritores/produtores sabem exatamente o que estão fazendo. Então, sim, eu faço parte daquele grupo pequeno de fãs que confia no Hart Hanson! E com orgulho!

Pra quem não conhece Bones e se interessou, eu recomendo! O ideal é tentar assistir a todos os episódios porque, como eu disse, não é uma série criminal normal e para entender certas atitudes dos personagens, por exemplo, era legal acompanhar a evolução deles com o passar dos anos... Mas, se quiser pelo menos "experimentar" e ver do que se trata, a FOX reprisa as temporadas antigas da série todos os dias, às 19h... Vale a pena, tenham certeza!

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Eis aqui, seus velhos conhecidos..."

É bem verdade que eu já falei de Despertar da Primavera aqui. Falei sobre o que a peça significou pra mim, sobre as formas como ela me afetou - tanto como fangirl obsessiva quanto como professora/educadora - e dei a minha opinião sobre essa montagem maravilhosa. E lá, no final do post, eu falei sobre como a peça - depois de ter tocado a vida de tantas pessoas - estaria de volta em uma curtíssima temporada em SP...

Pois então, eles voltaram. Reestrearam no Teatro Frei Caneca nesse último final de semana e eu, felizmente, tive a oportunidade de vê-los novamente na segunda apresentação dessa nova temporada. Algumas pequenas grandes mudanças depois - e as chamo assim porque elas não mudam, em nada, a integridade e a grandiosidade da peça - e eu sai do teatro tão maravilhada como quando sai a primeira vez.

Provavelmente porque esse elenco ama a peça tanto quanto os fãs, era nítida a alegria de cada um deles naquele palco. A energia do teatro era simplesmente incrível - ouso dizer que era ainda melhor do que a energia na primeira parte da temporada. Assim como nós, na plateia, estávamos extasiados em vê-los novamente, era claro que eles, ali no palco, sentiam-se da mesma forma. As vozes pareciam mais claras e bonitas, as interpretações ainda mais intensas e reais (e olha que eu não achei que isso fosse possível), os sorrisos maiores e mais sinceros... Entrega, total e completa.

E, no final das contas, acho que é isso que faz a diferença. Os fãs se apaixonam do que jeito que se apaixonam, porque a peça é apresentada para nós com paixão - uma paixão claramente verdadeira e intensa. Eu vejo por aí um bom número de fãs afirmando que "Despertar da Primavera" mudou muita coisa na vida deles - e eu acho que isso só é possível porque, de alguma forma, mudou muita coisa na vida de todos os envolvidos...

Foi minha quarta vez "despertando" - cada vez que fui, foi uma situação diferente, uma sensação diferente, uma alegria diferente. Dessa vez, porém, eu fiz algo que ainda não tinha feito: fiquei por ali, no saguão do teatro, esperando pelos atores. Eu nunca tinha feito isso por uma série de motivos - pressa na hora de embora, sensação de claustrofobia que me dá quando tem muita gente por perto - mas sempre achei muito legal ver o relato das pessoas que o faziam, todo mundo sempre elogiando a atenção, o cuidado e o carinho dos atores. E agora posso dizer, com certeza e por experiência própria, que o elenco de "Despertar da Primavera" é simplesmente incrível.

Eles passam pelos fãs e cumprimentam todos, sem exceção. E fica bem claro que nenhum deles faz isso de má-vontade. Eles estão provavelmente exaustos - afinal, essa peça não é brincadeira - mas eles sorriem, dão autógrafos, tiram fotos e conversam com os fãs pelo tempo que é possível. Ficamos ali por uma boa meia hora, provavelmente um pouco mais, e conseguimos falar com quase todos eles. Alguns cercados de gente, outros já se livrando da multidão, mas todos atenciosos e simpáticos, fazendo piadas, agradecendo sinceramente, pedindo opinião...

A Adara falou em um outro post aqui no blog, sobre como é bem claro que o sucesso de Glee - fenômeno do ano na TV americana - veio, em grande parte, por causa do elenco e da paixão que eles têm pela história e pelos personagens. Então, talvez, a grande mágica de "Despertar da Primavera" - além do fantástico texto e da incrível direção - tenha sido o casting de Moeller & Botelho.

Enquanto o elenco está ali naquele palco, amando aquela peça com todo o coração, estamos na plateia, sentindo exatamente a mesma coisa... E, na saída, quando fica claro que eles se dedicam aos fãs da mesma forma que os fãs se dedicam a eles - apesar do cansaço, das preocupações ou de outros compromissos que eles possam ter - fica muito difícil não querer estar ali muitas e muitas outras vezes...

Então é isso, de novo...

"Despertar da Primavera" é uma peça diferente de tudo que eu já vi: pela temática, pelo texto, pela direção, pela música, pela abordagem de temas polêmicos com cuidado e sinceridade, pelos fãs apaixonados e pelo elenco apaixonante.

É uma peça que eu vi quatro vezes, ainda acho pouco, e que tentarei ver mais vezes.

É uma peça que eu recomendo a todos que eu conheço: quem já viu, vá ver de novo! E quem não viu: VEJA!

Informações:

Onde: TEATRO SHOPPING FREI CANECA
Quando: 10 a 19 de julho e 23 de julho a 15 de agosto
Sábados - 18h (R$70,00 - inteira/R$ 35,00 - meia)
Domingos - 20h (R$70,00 - inteira/R$ 35,00 - meia)
Segundas - 20h30 (R$50,00 - inteira/R$25,00 - meia)


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Indicados ao Emmy 2010!!

Saíram hoje as indicações para o 62º Prêmio Emmy, que vai ser realizado no dia 29 de agosto. Como em todos os anos, eu tinha minhas torcidas e minhas expectativas e, apesar desse ano eu ter me surpreendido com várias coisas, sempre tem alguma coisa que desanima...

Mas paremos de enrolação e falemos do que interessa:

Melhor Série Dramática

Lost
Breaking Bad
Dexter
Mad Men
True Blood
The Good Wife

Não vejo nenhuma grande surpresa nessa categoria. Sinceramente, não acompanho a maioria delas, mas como acompanhei as edições anteriores do prêmio, além de opiniões de críticos e espectadores, não esperava uma lista muito dessa. Como não assisto às outras séries, talvez a minha opinião seja suspeita, mas tenho quase certeza de que Lost leva o prêmio esse ano. A temporada - apesar de cercada de controvérsias e opiniões diversas - fechou com chave de ouro uma série que foi um fenômeno mundial. Algumas pessoas podem discordar de mim - e sei que uma boa parte vai - mas não acho que a temporada tenha deixado a desejar em quase nenhum aspecto e acho que esse reconhecimento seria a forma perfeita de fechar uma era na televisão mundial...

Outros Comentários:

* Sinto falta de Friday Night Lights na categoria. Concordo que a série teve seus altos e baixos nos últimos anos, mas a quarta temporada recuperou o brilhantismo e a perfeição da primeira e eu acho que tinha, sim, um lugar aqui.

* Meu lado super otimista esperava, de alguma forma, uma menção a Parenthood - ainda acho que isso só não aconteceu porque a NBC escolheu mandar o primeiro episódio para os "voters" e esse primeiro episódio foi o mais fraquinho...

* Sou só eu que não suporta Mad Men? Vejo muitas pessoas falando super bem - críticos e espectadores - mas o pouco que assisti da série mais me desagradou do que qualquer outra coisa...

Melhor Atriz em Série Dramática

Julianna Margulies (The Good Wife)
Mariska Hargitay (Law and Order: SVU)
Glenn Close (Damages)
Kyra Sedgwick (The Closer)
January Jones (Mad Men)
Connie Britton (Friday Night Lights)

Minha maior satisfação das indicações desse ano está bem aqui: a indicação de Connie Britton. Desde a primeira temporada que eu sustento que ela mereça pelo menos o reconhecimento (porque eu nem sou tão exigente, sei que o prêmio é long shot entre essas estrelas que ela enfrenta) e desde a primeira temporada que eu venho continuamente me decepcionando com a ausência nela na categoria. E, sim, sem dúvida, nessa que foi uma fantástica temporada da série, ela com toda a certeza se superou e merecia a indicação! Uma vez mais, não posso comentar muito, porque não assisto a maioria das séries, mas se o Emmy seguir a lógica dos últimos anos e acompanhar o Globo de Ouro, o prêmio deve ir pra Julianna Margulies, que, pelo pouco que vi de The Good Wife, merece!

Outros Comentários:

* Apesar de dizer que eu me recuso a ter expectativas para prêmios como o Emmy, porque sei que ele vai acabar me decepcionando, confesso que eu estava sinceramente esperando uma indicação pra Lauren Graham por Parenthood. Já é difícil superar que o trabalho dela como Lorelai nunca foi reconhecido...

* Eu sei que a maioria dos fãs de Lost esperava uma indicação para a Evangeline nessa categoria, mas, apesar de concordar que ela é uma ótima atriz e que a Kate teve seus momentos fantásticos, eu não acho que essa temporada tenha sido a melhor para ela.

* Mariska de novo? Really? Tá, eu assisti muito pouco de SVU nessa vida, então é complicado falar, mas really?

Melhor Ator em Série Dramática:

Joe Hamm (Mad Men)
Kyle Chandler (Friday Night Lights)
Bryan Cranston (Breaking Bad)
Hugh Laurie (House M.D.)
Michael C. Hall (Dexter)
Matthew Fox (Lost)

Minha primeira reação a essa lista: OMG, KYLE CHANDLER! Outro que, junto com a Connie, merecia esse reconhecimento há muito tempo e me agrada muito saber que tal reconhecimento finalmente veio, ainda mais depois da temporada que ele teve em Friday Night Lights. Eu acho, com poucas dúvidas, que quem leva o prêmio esse ano é o Michael C. Hall - não acompanho Dexter, mas pelo que tenho acompanhado, não seria uma surpresa e seria mais do que merecido.

Outros Comentários:

* Não, eu não acho que o Matthew Fox mereça estar nessa lista e nada vai me fazer mudar de ideia. Já desde a época de Party of Five que eu não gosto da atuação dele e não posso dizer que o Jack tenha feito minha opinião mudar. Eu vejo as pessoas elogiando a maravilhosa atuação dele, falando sobre a fantástica evolução do personagem e não posso deixar de questionar se as pessoas não estão confundindo o ator com o personagem. MF nunca me convenceu como Jack, sempre me irritou com os acessos de raiva e acessos de choro extremamente forçados e não acho que durante a tal da redenção do PERSONAGEM ele tenha se saído tão bem assim. #prontofalei

* Adoro que, entra ano e sai ano, o Hugh Laurie está sempre na lista. Acompanho muito pouco de House, infelizmente, mas o pouco que vi nesses anos é suficiente para ter certeza de que ele merece todas as indicações e reconhecimento que vem junto com elas...

Melhor Ator Coadjuvante de Série Dramática:

John Slattery (Mad Men)
Aaron Paul (Breaking Bad)
Martin Short (Damages)
Terry O'Quinn (Lost)
Michael Emerson (Lost)
Andre Braugher (Men of a Certain Age)

Na boa, acho que nessa categoria não tem muito o que falar além de Michael Emerson e Terry O'Quinn. Esses dois, sim, tiveram uma temporada fantástica em Lost e não só merecem estar aqui, como merecem ganhar o prêmio! (podia dar empate técnico, né?) Como a gente sabe que isso não é possível, minha aposta vai para o Terry, que teve o complicado trabalho de fazer dois personagens completamente diferentes e o fez de forma magistral. Sem exagero, a diferença entra o John Locke e o Smoke Monster era absurda. Ele já tem um prêmio, conquistado em 2007 e, na minha opinião, o de 2010 já tem o nome dele...

Outros Comentários:

* Sabe quem falta nessa categoria? John Noble, fazendo tudo e mais um pouco como Walter Bishop, em Fringe. Eu sei que série de SciFi tem uma certa dificuldade em ser aceita - exceto por Lost, que consegue o reconhecimento por todos os seus referenciais - mas o John definitivamente merecia, especialmente nessa segunda temporada, na qual pudemos vê-lo interpretando dois personagens bastante diferentes um do outro...

* Posso confessar uma coisa? Vendo as propagandas na Warner, tinha certeza que Men of a Certain Age era comédia... O.o

Melhor Atriz Coadjuvante de Série Dramática:

Sharon Gless (Burn Notice)
Christine Baranski (The Good Wife)
Christina Hendricks (Mad Men)
Rose Byrne (Damages)
Archie Panjabi (The Good Wife)
Elizabeth Moss (Mad Men)

Nessa categoria eu, sinceramente, não tenho como dar opinião nenhuma, porque não acompanho nenhuma das séries e não teria a menor ideia do que estaria falando. Já deu pra perceber, entretanto, que as principais séries dramáticas do ano foram The Good Wife e Mad Men (uma que vi poucas vezes e pude perceber um grande potencial e outra que, como já disse lá em cima, não me afeta em absolutamente nada). O engraçado é olhar para essa categoria e não encontrar nenhuma das atrizes coadjuvantes de Grey's Anatomy. É a primeira vez em muito tempo que isso acontece e é, provavelmente, um reflexo da queda de qualidade da série (já me disseram, porém, que a coisa melhorou no final da temporada - preciso ver pra dar minha opinião)

Melhor Comédia

Glee
Modern Family
Curb Your Enthusiasm
Nurse Jackie
30 Rock
The Office

Mais uma categoria sem muitas surpresas que, pra mim, tem campeão certo e óbvio: Glee. Nem venham me dizer que sou suspeita pra falar por ser fã, estou seguindo a lógica (afinal, a série teve expressivas 19 indicações) e o louvor da crítica. Glee foi, definitivamente, a maior surpresa do ano: um show para o qual as pessoas não davam nem um ano completo que se tornou um fenômeno incrível. Vai ganhar e vai ser merecido, sem dúvida nenhuma.

Outros Comentários:

* 30 Rock de novo? Really? Eu meio que já cansei dessa série e de todo o reconhecimento que ela tem, sinceramente. Não vejo absolutamente nada nela que mereça tamanho estardalhaço, mas tudo bem, eu supero - contanto que não vença.

Melhor Ator de Comédia:

Larry David (Curb Your Enthusiasm)
Alec Baldwin (30 Rock)
Matthew Morrison (Glee)
Steve Carell (The Office)
Jim Parsons (The Big Bang Theory)
Tony Shalhoub (Monk)

Queridos deuses da TV: CHEGA DE ALEC BALDWIN GANHANDO PRÊMIOS! JÁ DEU, NÉ? Na minha singela opinião, quem merece esse prêmio - e já merece há muito tempo - é o Jim Parsons. Não acho que tenha muito que discutir sobre isso. Tem um lado meu, porém, que acredita que o prêmio pode ir pro Steve Carell, que anunciou sua saída da série. Não sei, realmente estou dividida (talvez porque não importa o que eu aposte, O ALEC BALDWIN SEMPRE VENCE SEM MERECER... O.o)

Outros Comentários:

* E não é que não indicaram o Charlie Sheen? Que choque! (not) Gosto dele, apesar dos pesares, mas acho que o personagem em Two and a Half Men já está tão repetitivo, que cansou - por isso fico feliz em não ver o nome dele nessa lista.

* Sim, amo o Matthew Morrison de paixão, Will é meu personagem favorito, mas não acho que ele vá vencer esse prêmio. A concorrência é grande e, sério mesmo, Jim Parsons merece! =-P

Melhor Atriz de Comédia:

Lea Michele (Glee)
Tina Fey (30 Rock)
Toni Collette (The United States of Tara)
Julia Louis-Dreyfus (The New Adventures of Old Christine)
Edie Falco (Nurse Jackie)
Amy Poehler (Parks and Recreation)

Sabe o pedido que eu fiz ali em cima para os deuses da TV sobre o Alec Baldwin? Faço novamente, sobre a Tina Fey. Sério mesmo. Well, apesar de nunca ter assistido, eu acredito que quem vá vencer esse prêmio seja a Toni Collette, que está sendo cada vez mais elogiada por seu papel nessa série. Meu lado super otimista acredita, sinceramente, que a Lea esteja correndo por fora e possa até surpreender, mas acho bem difícil.

Outros Comentários:

* Julia Louis-Dreyfus? Sério mesmo? Eu achei que pra ganhar melhor atriz de comédia, a pessoa tinha que estar, no mínimo, numa série engraçada, não? O.o

* Estou bastante curiosa pra assistir Nurse Jackie, ainda mais depois de ver o nome da série aparecendo em diversos momentos nas indicações... Será que vale a pena?

Melhor Ator Coadjuvante de Comédia:

Chris Colfer (Glee)
Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother)
Jesse Tyler Ferguson (Modern Family)
Jon Cryer (Two and a Half Men)
Eric Stonestreet (Modern Family)
Ty Burrell (Modern Family)

Como em todos os anos, é uma categoria bem difícil para apostar o vencedor. Minha alegria ao saber que o Chris Colfer foi indicado foi mais do que imensa, porque ele mais do que merece, mas acredito que essa seja a hora do Neil Patrick Harris, na minha opinião. Apesar de How I Met Your Mother não ter tido a melhor das suas temporadas, a atuação do Neil foi sempre consistente, principalmente no fantástico 100º episódio, que culminou com um número musical incrível!

Outros Comentários:

* Oh, God, Jon Cryer de novo? Assim como falei lá em cima do Charlie Sheen, acho que o personagem do Jon é extremamente repetitivo e cansativo e não acho que ele mereça estar ai. Ele foi, para minha frustração insuperável até hoje, o vencedor do ano passado, mas duvido muito que isso se repita esse ano.

* Minha nossa, mas Modern Family tá em todas, hein?! É tudo isso mesmo?

Melhor Atriz Coadjuvante de Comédia:

Jane Lynch (Glee)
Kristen Wiig (Saturday Night Live)
Jane Krakowski (30 Rock)
Julie Bowen (Modern Family)
Sofia Vergara (Modern Family)
Holland Taylor (Two and a Half Men)

Sabe o que eu vou falar dessa categoria: JANE FREAKING LYNCH, BABIES!!!! Merece e é bom que leve esse prêmio, ou não será nem um pouco justo. A personagem dela em Glee é uma das melhores personagens de todos os tempos, sem discussão sobre isso, e o reconhecimento é mais do que necessário.

Outros Comentários:

* Olha Modern Family de novo... Será que eu devo arriscar e assistir a alguma coisa, pra pelo menos saber do que estou falando? Se bem que 30 Rock também aparece pra caramba e eu bem sei do que estou falando quando peço que os deuses da TV me livrem de ver qualquer coisa relacionada a essa série recebendo prêmios...

Outras Indicações Importantes a Serem Comentadas:

* Ator Convidado em Comédia: Neil Patrick Harris, como Brian Ryan, em Glee - tá vendo, o Neil merece tanto, que foi indicado duas vezes, pelos dois papéis que fez durante a temporada. Apesar de ter achado que o personagem que ele fez em Glee foi mais do que fantástico, acho que o Barney,d e How I Met Your Mother, é mais merecedor do prêmio.

* Ator Convidado em Comédia: Mike O'Malley, como Burt Hummel, em Glee - outra indicação mais do que merecida para um trabalho em Glee. O personagem do Mike, apesar de não aparecer tanto, tem cenas fantásticas e inesquecíveis, tanto na comédia quanto no drama, sempre com o Chris Colfer do lado. Acho que, se eles não decidirem dar o prêmio para o Neil como consolação (para premiarem outra pessoa na categoria principal), o Mike leva esse prêmio sim...

* Atriz Convidada em Comédia: Kristin Chenoweth, como April Rhodes, em Glee - imagino que não tenha sido uma grande surpresa para quem conhece a Kristin e conhece Glee. Nos dois episódios em que esteve presente, ela sem dúvida nenhuma roubou a cena e eu apostaria numa vitória dela, se não fosse pela indicação da Betty White por sua apresentação de Saturday Night Live. As esperanças e a torcida pela Kristin são enormes, mas eu estou preparada para qualquer que seja o resultado

* Atriz Convidada em Série Dramática: Elizabeth Mitchel, como Juliet Burke, em Lost - fiquei mais do que surpresa com essa indicação e nem sei se ela tem chances de ganhar - mas fico feliz de vê-la finalmente reconhecida. Liz me encantou lá na quarta temporada de Lost (sim, na 4ª, eu não gostava dela antes) e é responsável por eu ter passado a acompanhar uma série centrada em alienígenas! Juliet foi uma personagem forte e marcante e a participação dela no episódio final - pelo qual a Liz foi indicada - foi pequena, mas bastante significativa. Se ela ganhar, não ficarei nem um pouco decepcionada...

Acho que era isso que eu tinha a dizer sobre as indicações desse ano... O post é longo e super analítico, porque eu não resisto e eu espero que pelo menos alguém tenha lido ele até o final. Ainda não vi as indicações a minisséries e filmes para TV - se eu encontrar alguma coisa interessante a ser comentada, eu volto aqui para isso... =-)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Intervalo...

Não, esse blog não está abandonado. Eu tenho, no momento, dois posts começados e um idealizado, sobre três séries diferentes, para colocar aqui. Dia desses eu chego lá, promessa! =-P

Estava eu vendo uma ótima entrevista da Julia Roberts na Oprah ontem e ela comentou que, quando recebeu o livro Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love - que eu ainda não li, mas pretendo ler antes de ver a adaptação que tem a Julia como estrela), assim que se deu conta do quanto aquele livro significaria para ela, foi imediatamente até o computador e encomendou uma cópia pra dar de presente pra melhor amiga, porque precisava ter alguém lendo aquela mesma história ao mesmo tempo que ela...

Achei isso mais do que fantástico, confesso! Porque eu entendo essa necessidade - aliás, eu tenho essa mesma necessidade. Afinal, a maior parte das minhas obsessões existe porque pessoas ao meu redor descobriram determinada série/filme/livro e tiveram a necessidade de ter alguém pra surtar junto....

E eu acredito que nenhuma das obsessões teria a mesma graça se eu não conhecesse pessoas que surtam da mesma maneira que eu... Há toda uma necessidade de compartilhar certas coisas, de saber que aquela mesma empolgação/raiva/decepção está sendo sentida por uma pessoa que você conhece e com quem você vai poder falar do assunto depois...

Claro, a gente nem sempre concorda em tudo - muito pelo contrário! Vira e mexe acontecem umas discussões acaloradas, com pontos de vista diferentes... Não é tão divertido como quando a gente concorda com tudo, mas não deixa de ser bom também... E, no fim, a gente sempre se acerta... Ou, quando não se acerta, é só citar um dos muitos pontos em comum (o mais acertado, sempre, é Booth/Brennan, de Bones! Fato!) que tudo fica bem...

A pergunta agora é, por que diabos eu estou falando nisso aqui? Pra explicar aquela contagem que apareceu ali no topo do blog... Dia 14 de julho eu e Adara estaremos embarcando para Fortaleza, para uma viagem que vai envolver, definitivamente MUITOS surtos coletivos com muitas obsessões...

E, de novo, eu juro que volto com posts mais sérios...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

E nunca foi tão lindo...

"Glee, by its on definition, is about opening yourself up to joy."

Sou uma das pessoas que não consegue acreditar que um ator seja tão bom a ponto de fazer um filme ou série sem se envolver com os outros atores, ou sem sentir empatia com nenhum deles, com a equipe com que está trabalhando no momento. Realmente acho isso uma missão quase que impossível. É fácil ver na tela quando o elenco não se gosta ou quando existe algum tipo de "richa" entre dois atores (eu estou olhando pra você, Dawson’s Creek).

Isso aconteceu duas vezes com a Shannen Doherty. Primeiro em Barrados no Baile, onde ela não agüentou perder um pouco do seu posto de personagem principal e acabou e acabou tendo que sair da série (os produtores se recusaram a demitir Jennie Garth, atriz com quem ela andava se desentendendo)... Anos depois aconteceu a mesma coisa com Charmed. A sua aclamada volta à televisão teve vida curta por ciúmes do crescimento da personagem da Alyssa Milano dentro do show e mais uma vez teve que abandonar o barco.

Então, é um tanto quanto esperado que se perceba quando um elenco trabalha de maneira excepcional que eles, no mínimo, se gostam. Foi o que vimos acontecer com os elencos de Friends (onde todos ainda se falam e continuam presentes nas vidas uns dos outros, seis anos depois do término da série) e Lost, por exemplo. E, recentemente, podemos ver também com o elenco de Glee.

Glee tinha tudo para ser uma série de vida curta. Vinda da mente um tanto quanto enlouquecida de Ryan Murphy (enlouquecida por que é a mesma mente que criou Nip/Tuck, uma das séries mais surtadas que eu já tive o prazer de assistir), se trata de um time de losers, os nossos queridos perdedores, de um colégio americano. Se fosse só isso, seria mais uma série adolescente. Mas Glee também é música. E a música de Glee é que a destaca de todas as outras séries teens que você já viu.

Um dos pré-requisitos para se fazer parte da série era cantar. A grande sacada da série é o fato que ela segue um grupo de alunos que fazem parte do "grupo do coral" como foi traduzido pela Fox. Logo, os números musicais não são uma parte aleatória da série. Os alunos não saem por aí cantando a trama do episódio do nada. Alguns números acontecem na mente dos personagens, sim, mas essa é parte da beleza da história.

Agora, para fazer isso funcionar, era preciso um elenco que, além de cantar, dançar e atuar, se aturasse também. Se em uma série normal de 40 minutos os atores e equipe passam em torno de 12 a 14 horas por dia juntos, em uma série onde existem músicas e coreografias para se aprender, em adicional as suas falas, os atores passariam, no mínimo, por volta de 16 horas juntos. Não dá pra trabalhar com a Shannen Doherty num ambiente desses.

E na minha leiga opinião, Glee se superou de uma maneira absurda com o elenco escolhido. Desde o recém saído do colégio Chris Colfer (um "achado" na vida do Ryan Murphy... Ele fez o teste para o papel do Artie, mas acabou ganhando um papel escrito especialmente para ele) até Lea Michele, cria da Broadway (canta e atua desde os oito anos de idade, tendo passado por peças como Les Mis e Spring Awakening – que ganhou uma versão brasileira com o nome de Despertar da Primavera) o elenco de Glee é uma mistura de rostos não conhecidos que por mágica, sorte ou qualquer outro motivo, se deram tão bem que levaram isso para tela e... Bom, deu no que deu.

A série já ganhou vários prêmios, e em sua maioria prêmios para o elenco. Foi escolhida a melhor série de comédia no Globo de Ouro, melhor elenco no SAG Awards, melhor série nova no People’s Choice Awards... Tanto a mídia quanto o público se encantaram por esse bando de losers que saem por aí dançando e cantando, seja na televisão ou na vida real.

A música não é o único diferencial de Glee. A união do elenco, na minha opinião, conta muito mais do que qualquer outra coisa. A série viveria se os roteiros fossem vazios, sem sentido ou estúpidos? Não. Mas a série também não viveria se o elenco se odiasse e não agüentasse passar mais que duas horas juntos.

E o que é mais divertido em relação ao elenco de Glee, é que você quase se sente parte dele. Quase todos os atores da série tem uma conta no twitter, e são seguidos por praticamente todos os fãs da série... Cory Monteith (Finn) posta videos do elenco nos bastidores da série quase que diariamente, Dianna Agron (Quinn) também tem uma conta no tumblr (outro site para compartilhar fotos e vídeos) e fala sobre suas músicas favoritas, filmes e sobre coisas um pouco mais pessoais – como quando ela trancou o carro com a chave e o vestido que ela usaria para a cerimônia do Globo de Ouro dentro do carro – e as compartilha com os fãs. Durante os primeiros meses de gravações da séria Dianna e Lea Michele (Rachel) moraram juntas e costumavam fazer pequenas reuniões com o elenco na casa delas para verem os episódios já produzidos ou simplesmente para estarem juntos.

E como eu fico sabendo disso?! Por que eu sou uma das muitas que os seguem no twitter e que fica sim toda besta quando um menciona o outro em uma entrevista, ou quando saem fotos na internet com alguns deles juntos fazendo qualquer coisa... Isso é coisa de fã.

Também é coisa de fã, e qualquer um que tenha olhos na verdade, ver que essa amizade, essa parceria que eles tem, passa pras cenas; principalmente nos números musicais. A personagem Rachel é odiada por todos, a essa altura do campeonato a única pessoa que abertamente apóia a Rach é o Finn. Mas, mesmo com todas as personagens supostamente a odiando, eles parecem esquecer disso... Quando eles estão cantando Lean On Me (episódio 1.10 – Ballads), é possível ver tantas cenas que colocadas no contexto da série seriam erradas, mas que quando você conhece um pouquinho do lado pessoal dos atores, fica totalmente compreensível.

Proud Mary, Somebody to Love, Ride Wit Me, Keep Holding On, My Life Would Suck Without You… em todas essas cenas é possível perceber um ou outro ator que não deveria estar muito feliz com o colega, pelo bem da trama e das personagens, mas que nessas horas, não se importa com isso.

Eles estão em turnê agora. Alguns shows, acho que 10 no total (ou algo próximo disso), pelos Estados Unidos, cantando as músicas da série. Dia 15/05 (sábado) foi o primeiro show, em Phoenix. No domingo a internet estava cheia de vídeos das músicas interpretadas... posso dizer com segurança que eu e minhas amigas não ficávamos enlouquecidas desse jeito por vídeos no youtube a um bom tempo. E, pelas conversas no twitter, qualquer um pode perceber que sim, nós gostamos das músicas (nós até paramos de falar quando Lea Michele canta, tamanho respeito pela voz dela), mas o que nos deixa rindo iguais crianças são os pequenos momentos em que eles interagem no palco.

Lea segurando a mão da Dianna no final de Somebody to Love. O sorrisinho da Naya quando a Heather passa por ela em Bad Romance. O beijo do Chris no rosto da Amber em Like A Prayer. A animação do Mark e do Harry cantando Don’t Stop Believin’. É foi isso que me conquistou em Glee.

Os ingressos esgotaram em praticamente todos os postos de venda em menos de 10 minutos. Com essa informação eles aumentaram o número de shows em alguns lugares como em Los Angeles e Nova Iorque. E eu posso dizer sem dúvida nenhuma que a rapidez dos fãs de irem atrás dos seus ingressos, primeiramente, é por causa do elenco. Para poderem ver, em primeira mão, como é a interação dessas pessoas que parecem ter a amizade perfeita.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

"Off with their heads!!!"


Quem me conhece, sabe que eu sou uma apaixonada por Alice no País das Maravilhas há muito tempo. Eu não tenho certeza de como isso aconteceu, mas acho que foi por meio de um livro da Disney, que a minha avó tinha na escola e inglês dela quando eu era pequena. Acho que foi o primeiro contato que eu tive com a história. Depois houve, é claro, o clássico desenho da Disney, que acho que todo mundo escolheu e pelo qual todo mundo se apaixonou...

Quando entrei na faculdade foi que peguei os livros - originais, na língua do próprio - para ler pela primeira vez. E, wow, foi ainda mais apaixonante. Junto com "Wuthering Heights" (O Morro dos Ventos Uivantes, em português) minha aula de Alice/Lewis Carroll foi uma das melhores aulas de Literatura Inglesa a que assisti na faculdade. Entender todas as nuances que ele colocou naquela história aparentemente infantil foi uma coisa incrível e apaixonante e só aumentou o meu amor e meu respeito pela história.

É claro que, quando li que o Tim Burton (um dos meus diretores de cinema preferidos) estava trabalhando em uma adaptação de Alice in Wonderland e que ele trabalharia, uma vez mais com o Danny Elfmann (um dos meus compositores de cinema preferidos) e com Johnny Depp (nem preciso explicar, right?) minha empolgação foi das maiores possíveis. Eu não preciso de muito pra surtar, mas ai as pessoas resolvem juntar tudo que eu gosto num filme, fica difícil se controlar, né? =-P

Cheguei ao ponto de praticamente decorar os trailers/teasers do filme, de tanto que assisti. E, claro, fiquei mais do que irritada quando fiquei sabendo que a data de estréia aqui no Brasil tinha sido adiada em quase dois meses, sabe-se lá porque.

A espera foi grande, a expectativa também. Por vários motivos, eu não consegui ir ao cinema quando estreou e eu tive outras diversas dificuldades pra conseguir ir assistir. Então, no fim das contas, todas as pessoas que eu conheço acabaram indo antes de mim, e eu sou tão neurótica que não permiti que nenhuma delas sequer reagisse. Não queria detalhes e não queria nem saber se elas tinham gostado ou não - porque reação é spoiler e eu queria entrar no filme com apenas os meus pensamentos, idéias e expectativas. E valeu a pena...

Pelo que eu li por aí, já deu pra ver que o filme não foi 100% aceito. E eu me lembro de ter passado os olhos por algumas pessoas falando um monte do filme no twitter nas semanas que se passaram. Não lembro direito o que e nem quem, mas lembro de ter ficado surpresa com a pessoa... Oh, well, se eu tiver paciência eu volto e procuro, senão nevermind. O fato é que sim, eu gostei E MUITO de Alice. Pra ser sincera, superou minhas expectativas, se é que isso era possível.

Desde o princípio, eu sabia que o filme não seria bem aceito pela maioria das pessoas. Ainda me lembro dos infinitos comentários quando as primeiras imagens saíram... Quando saíram os trailers, então, o que tinha de gente falando... O problema é que, desde o início, o Tim Burton deixou bem claro que ele trabalharia com os personagens do originais, se BASEANDO no original, mas não recriando a história. Nunca foi intenção dele contar a mesma história e quem conhece o trabalho dele não deve ter ficado surpreso com isso. A própria adaptação dele de "A Fantástica Fábrica de Chocolate" tem pouco a ver com a primeira versão - um cara com a criatividade que ele tem, costuma fazer o que bem entende com seus trabalhos. E, confesso, é por isso que eu o adoro.

Voltando a Alice, então. Será que se eu falar genial várias e várias vezes vou perder a razão? Hehehe. Adorei a forma como a história foi abordada. Acho interessante ver uma Alice mais velha - e quase corrompida pela sociedade adulta - voltando a Underland (ou Wonderland, como ela chamava quando criança) e repetindo para si mesma, várias vezes, que está em um sonho. As repetições constantes, para si mesma e para os outros, são um claro reflexo do "mundo adulto": se é diferente, se não é normal, então com certeza não é real.

E é natural que, apesar das coisas que vive, Alice prenda-se a essa ideia até o final, é o que os adultos aprendem a fazer, foi o que ela escutou a vida inteira, enquanto crescia. A tal "filosofia" se reflete até mesmo na tão esperada batalha final, quando ela cita as coisas "impossíveis" - tudo real dentro daquele universo que ela cresceu pensando ser imaginação dela - ao mesmo tempo em que luta e faz aquilo que, na vida real, ela nunca seria capaz de fazer. É um grande simbolismo - como o livro original também de outras formas - e Tim Burton foi genial em tratar desse assunto da forma que o fez.

Junto com um ótimo roteiro que soube utilizar todas as nuances do original numa história absurdamente inovadora, ainda podemos aproveitar as vozes de atores maravilhosos como o Alan Rickman (no papel de Absolem, a sábia lagarta azul) ou o Stephen Fry (incrível na voz do Cheshire Cat). Isso sem contar as atuações sempre fantásticas de Johnny Depp e Helena Boham-Carter, figurinhas quase sempre presentes nos filmes de Tim Burton, mas que nunca decepcionam - seus Mad Hatter e Red Queen (Chapeleiro Maluco e Rainha Vermelha) estão no centro da ação e ditam o ritmo e o nível do filme, com frases marcantes e interpretações sempre além do comum. Soma-se a isso tudo a trilha sonora do Danny Elfman e, pronto, você tem um sucesso. Fato indiscutível, na minha opinião.

Então, sim, eu aplaudo de pé a adaptação do Tim Burton e, uma vez mais, a coragem que ele tem de fazer coisas diferentes. Quem foi ao cinema esperando acompanhar uma coisa bonitinha, como aquela famosa animação da Disney, provavelmente saiu do cinema decepcionado. E eu entendo porque, apesar de não entender o que faria essa pessoa ir assistir à esse filme com essa mentalidade. Eu acho, sinceramente, que quem é fã do trabalho do diretor, não se decepcionou. E quem, como eu, além de ser fã do diretor é também fã da história, saiu do cinema com a sensação de que conquistou mais um filme favorito... Já pensando em quando vai ver de novo...


terça-feira, 11 de maio de 2010

O Despertar da Primavera

"Meu vício é você, e não vai passar..."

Como sempre, as obsessões surgem na minha vida seguindo dicas de pessoas conhecidas (estou olhando pra vocês, Adara e Polly!) ou relacionadas com outras obsessões que já eram presentes. Despertar da Primavera foi uma junção das duas coisas, já que a paixão por Glee e, consequentemente, pela Lea Michele me fez conhecer o musical Spring Awakening e, é claro, me apaixonar por ele não foi muito difícil, uma vez que eu sou fanática por musicais desde que me lembro.

Li reportagens e críticas sobre a peça. Vi infinitos vídeos no YouTube. Baixei a trilha sonora e a escutei sem parar. Fiquei encantada com as vozes, com as músicas, com a história que elas contavam. Nada mais natural, então, do que ficar irracionalmente empolgada quando descobri que havia uma versão brasileira da peça sendo encenada no Rio de Janeiro – empolgação foi tão grande que quase culminou em uma viagem épica para a Cidade Maravilhosa. Não aconteceu, mas tudo bem, porque eu acredito que as coisas acontecem em seu tempo certo, então talvez fosse para eu ver Despertar da Primavera pela primeira vez aqui em São Paulo, no lindo teatro Sérgio Cardoso.

(queria ter ido mais vezes do que as três que fui – mas a essa altura da vida eu já entendi que querer não é poder. Faltou tempo, faltou dinheiro, faltaram oportunidades. Posso dizer, com certeza, que pelo menos aproveitei cada segundo de cada uma das apresentações, para prestar atenção em cada detalhe, em cada número, em cada um dos atores)

Despertar da Primavera é mais do que um musical, é mais do que uma história de amor. É uma história verdadeira, que se passa lá em 1891, mas que com algumas poucas mudanças poderia com certeza se passar em 2010, disso eu não tenho dúvidas. Conta a história de um grupo de jovens, na Alemanha do século passado, tendo que lidar com diferentes tipos de conflitos sem a ajuda e compreensão da sociedade, que insiste em reprimir e mentir, em vez de ensinar e ajudar.

São vários personagens diferentes, cada um com uma personalidade marcante, que representa a personalidade de tantos jovens atuais: há o aluno brilhante, porém questionador, que busca por uma justiça que poucos enxergam; há o aluno inteligente, mas inadaptado, que passa por "vagabundo e preguiçoso", simplesmente por não ter motivação para ser mais; há a jovem de boa família, ingênua e criada dentro de uma redoma, que precisa conhecer o lado "obscuro" da vida por si só e sofre as consequências disso; há garotas ingênuas e apaixonadas e garotas não tão ingênuas assim, que perderam sua inocência e sua alegria dentro de suas próprias casas, para seus próprios pais; há o garoto apaixonado pela professora, o garoto apaixonado pelo colega de classe; e, diferente da maioria, há o garoto que tem tanta confiança em si mesmo e no seu papel na sociedade, que prefere esperar que tudo aconteça da forma que quer...

Dentre tantas as minhas obsessões, essa foi uma surpresa. Não por ser uma peça de teatro (porque minha maior obsessão teatral foi outra – e eu provavelmente falarei dela aqui no futuro) ou por não fazer parte das minhas normais obsessões por filmes/seriados. Foi uma surpresa por ter me atingido de duas formas diferentes: como espectadora apaixonada por musicais e, acima de tudo, como educadora.

Preciso ser sincera e dizer que, apesar de ser uma apaixonada pelo gênero, eu não conhecia o trabalho de Moeller e Botelho. O pouco que eu sabia do trabalho deles veio do que ouvi falar (porque tenho um casal de amigos muito queridos – Carol e Pablo – que se acabaram com a Noviça, entre outras peças, então eu sabia que eles eram bons no que faziam e que não decepcionariam). Não sou frequentadora de teatro musical, por motivos que vão desde o financeiro (já que as grandes produções musicais aparecem com ingressos bastante "salgados") até o fato de que meus "companheiros teatrais" não curtem esse gênero, então sempre acabamos indo ver outras coisas, mas Despertar entrou na minha lista de "must see", como eu disse lá no começo, por causa da Lea e de Spring. E eu não acho que escolheria outra peça para me introduzir nesse mundo. Sério mesmo.

Como eu sempre digo para meus amigos "teatrais", eu não sou atriz, não entendo de atuação e quando comento sobre filme/série/peça, faço isso do ponto de vista de uma espectadora. Eu quero ser convencida de que aquele mundo é aquele mundo, de que aquelas pessoas são aquelas pessoas, de que eu não estou assistindo a interpretações, mas sim convivendo com pessoas reais em situações reais. E Despertar da Primavera fez isso comigo. Apesar de eu já conhecer a história de trás para frente e de frente para trás, em todas as três vezes em que estive lá eu me prendi de tal forma no que presenciei, que me assustei, ri e chorei com cada detalhe, como se fosse a primeira vez. Cada revelação feita na peça era uma novidade para mim, de tão envolvida que eu ficava e acho que isso é o mais importante de tudo. Sim, nesse aspecto, a peça mais do que cumpriu seu papel.

No outro aspecto da minha vida, aquela parte "séria" da educadora, Despertar também surpreendeu. Primeiro porque, enquanto eu assistia ao espetáculo, eu não podia deixar de identificar em cada personagem um aluno que já passara pela minha vida de professora. Eu vi ali no palco um grupo de jovens vivendo exatamente a mesma coisa que eu testemunhara alunos tão queridos vivendo nos meus quase 4 anos de profissão. E, além disso, a história é contada por jovens para jovens, de forma dinâmica e divertida, trazendo para o teatro um público que prefere outros tipos de entretenimento nos dias de hoje. Sai do teatro Sérgio Cardoso a primeira vez com apenas uma certeza na mente: precisava convencer pelo menos alguns dos meus alunos a irem assistir ao espetáculo, porque sabia que a peça os alcançaria naquela parte deles que eles guardam apenas para si mesmos...

Não foi fácil, claro, porque há ainda uma certa relutância em ir ao teatro ("coisa de velho!", "programa chato", "credo, por que eu faria isso?" foram algumas das reações que eu obtive dos meus alunos queridos), mas eventualmente eu convenci um grupo, que convenceu um outro grupo, que convenceu um outro grupo... Eu não parei exatamente para contar, mas acredito que uns 20 alunos meus, mais ou menos, tenham ido assistir ao Despertar da Primavera nessa curta temporada em São Paulo. Todos, sem exceção, vieram falar comigo nos dias seguintes, empolgados, com os olhos brilhando, prontos para comentar cada detalhe, cada coisa que tinham gostado, cada cena que tinham entendido. Alunos que eram normalmente fechados vieram até mim com um sorriso no rosto e o coração nas mãos, dizendo que depois da peça tinham se sentido, finalmente, "compreendidos"...

Então é uma coisa interessante, porque Despertar da Primavera atinge os dois lados da minha pessoa: o lado da fangirl louca (que quer ir assistir ao espetáculo várias vezes, que fica o dia todo cantando as músicas, que foi se enfiar no meio de um grupo de desconhecidos na Paulista pra ajudar em um FlashMob...) e o lado sério (da professora, da educadora – que pode parecer até pequeno, mas ele é de muita importância, sério mesmo! =-P)

De forma intensa, dinâmica e real, um grupo de jovens transmite tanta segurança e tanta certeza para o público que os acompanha, que o que eles chamam lá fora de "stage door" – o ficar na porta de saída do teatro, esperando para conversar/pegar autógrafos/tirar fotos – virou rotina, a ponto de alguns dos atores (atenciosos como poucos, eu diria), já conhecerem e tratarem certos fãs pelo nome...

Resumindo? Despertar da Primavera é uma peça única – não dá pra descrever de outra forma. Depois de uma temporada curtíssima aqui na nossa terra, ela ganhou força inesperada e, foi anunciado essa semana, volta para nos alegrar por mais dois meses, em junho e julho!

Quem já viu provavelmente vai querer ver de novo.

Quem não viu, faça o favor, e VEJA!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Novo canto...

Achei que era hora de ter um novo canto. O outro blog, aquele que eu atualizo de forma inconstante, mas sempre atualizo, continuará lá, para que eu tenha um espaço para falar dos meus sonhos, dos meus pensamentos, do meu coração...

Esse espaço, que eu inauguro agora, é o espaço daquele lado "louco" que eu tenho... Aquele lado que me faz ficar acordada até metade da madrugada pra ver séries, que me faz ir ao cinema infinitas vezes pra ver o mesmo filme, que me faz ler o mesmo livro várias vezes...

Sim, meu lado obsessivo acaba de ganhar um espaço só dele... Será que vai prestar?