Apesar de não ter nenhum tipo de ligação com o mundo da dança, esse filme chamou minha atenção desde as primeiras notícias sobre ele – obviamente por causa da presença da Natalie Portman, uma queridinha minha desde sempre. Depois que o filme começou a ser exibido e as críticas começaram a aparecer – uma mais elogiosa do que a outra – a curiosidade ficou ainda maior. Quando saíram as indicações para os primeiros prêmios do ano (Golden Globes e SAG Awards), é claro que eu já estava numa hype sem igual… Até que eu, finalmente, consegui assistir ao filme…
(não entremos em detalhes sobre o “como”, pode ser? =-P)
A história parece simples e esperada: uma cia de dança nova-iorquina, comandada por um francês daqueles bem exigentes, vai fazer uma montagem do famoso balé “O Lago dos Cisnes”. O diretor decide, porém, trocar a já experiente bailarina principal da companhia (interpretada por Wynona Ryder, que me supreendeu porque eu não sabia que ela estava no filme), por um novo rosto. A escolhida é, claro, a personagem da Natalie e ela vai ter que enfrentar todos os tipos de pressão possíveis para se manter no papel.
Não vou entrar em detalhes sobre o enredo do filme, para não estragar a experiência de ninguém que ainda queira vê-lo. Basta dizer que o filme é cheio de tensão e de beleza. Apesar do enredo, como eu já disse, aparentemente simples, é um filme de suspense muito bem escrito, absurdamente bem dirigido e estrelado de forma magistral por Natalie Portman. As dualidades da história, o confronto entre a realidade e a fantasia, aparecem desde o início e nos deixam na ponta da cadeira, quase a roer as unhas a espera da resolução.
O que me surpreendeu de forma muito positiva, foi a atuação da Mila Kunis, como uma das dançarinas da companhia. O que eu conhecia dela era a personagem escrachada na extinta That’s 70’s Show, então confesso que fiquei surpresa com as críticas e as indicações. Depois de ver o filme, porém, eu entendo, perfeitamente. Sua personagem e a personagem da Natalie são completamente opostas e elas duas interpretam esses papéis de forma indiscutível…
Resumindo, é um filme imperdível para quem gosta de boas histórias, maravilhosamente dirigidas e incrivelmente interpretadas. Acredito que seja ainda mais atrativo para quem tenha algum tipo de relacionamento com o mundo da dança – que, pelo pouco que eu conheço, é realmente um mundo bastante competitivo e complicado – mas eu garanto que, mesmo quem não tem nenhuma noção do que é essa realidade – tipo eu, que nem dançar sei – vai terminar o filme sem palavras…
Minha reação inicial quando o filme terminou? Eu fiquei – literalmente e sem exageros – boquiaberta…
(o filme tem previsão de estreia, aqui no Brasil, na primeira semana de fevereiro… Se eu souber de mais detalhes, edito aqui…)